A Noruega concedeu 12 licenças de exploração de petróleo e gás para a Equinor e 10 outras empresas focadas principalmente no Ártico, onde Oslo acredita ter o maior potencial para novas descobertas significativas.
Nove das licenças estão localizadas no Mar de Barents e três no Mar da Noruega, no centro da Noruega, informou o Ministério de Petróleo e Energia nesta segunda-feira.
"Esta rodada de licenciamento confirma que as companhias de petróleo vêem oportunidades para novas atividades rentáveis de petróleo no norte", disse o ministro de Petróleo e Energia, Terje Soeviknes, em comunicado.
A Equinor, anteriormente conhecida como Statoil, recebeu cinco licenças e participará como participante não operacional em outras duas.
A Shell, a Aker BP, a Lundin, a OMV e a Spirit Energy, uma joint-venture norueguesa entre a britânica Centrica e a alemã Bayerngas, também receberam ofertas de operadoras.
Os operadores de licenças determinam os programas de exploração e assinam contratos com os fornecedores, em coordenação com os parceiros.
Além disso, a DEA, a Idemitsu, a M Vest Energy, a VNG e a Wintershall receberam participação.
O governo de centro-direita da Noruega impôs restrições à perfuração em duas licenças localizadas perto de Bear Island, um importante local de nidificação de aves do Ártico.
A perfuração de exploração será proibida entre 1º de abril e 15 de agosto, disse o ministério.
Grupos ambientalistas protestaram contra a exploração de petróleo nas águas do Ártico, citando o risco de vazamentos de petróleo.
O Greenpeace e outros ativistas perderam este ano um processo argumentando que a exploração na região mais setentrional da Noruega é inconstitucional e deveria ser banida por violar o direito a um meio ambiente limpo. Um recurso no caso está pendente.
A produção de petróleo e gás representa cerca de 40% das exportações da Noruega e ajudou a construir o maior fundo soberano do mundo.
(Reportagem de Terje Solsvik; edição de Camilla Knudsen e Jason Neely)