Forças dos EUA atingiram outra embarcação supostamente transportando drogas ilegais na costa da Venezuela na noite de sábado, disse o presidente dos EUA, Donald Trump, no domingo, acrescentando que os EUA também começariam a investigar o tráfico de drogas que ocorre em terra.
Trump fez o comentário durante um discurso na Estação Naval de Norfolk, ao lado do porta-aviões Harry S. Truman. Não ficou imediatamente claro se ele se referia ao ataque anunciado na sexta-feira pelo Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth.
"Nas últimas semanas, a Marinha tem apoiado nossa missão de exterminar os terroristas do cartel... fizemos outra missão ontem à noite. Agora, simplesmente não conseguimos encontrar nenhum", disse Trump. "Eles não estão mais vindo por mar, então teremos que começar a procurar em terra, porque serão forçados a ir por terra."
A Rússia condenou no domingo um ataque dos EUA a um navio na sexta-feira que supostamente transportava drogas ilegais na costa da Venezuela e alertou sobre os perigos de uma potencial escalada dos EUA em toda a região do Caribe.
O ministro das Relações Exteriores do presidente russo Vladimir Putin, Sergei Lavrov, falou com seu colega venezuelano, Yvan Gil, por telefone no domingo, informou o Ministério das Relações Exteriores russo.
"Sergei Lavrov disse que a Rússia condena veementemente o novo ataque das forças armadas dos EUA em 3 de outubro a um navio em águas internacionais perto da Venezuela", disse o ministério.
"Os ministros expressaram séria preocupação com as ações crescentes de Washington no Mar do Caribe, que estão repletas de consequências de longo alcance para a região", disse.
Quatro pessoas foram mortas no ataque de 3 de outubro ao navio que Washington acusou de transportar "quantidades substanciais de narcóticos - destinados à América para envenenar nosso povo".
Moscou disse que não havia "nenhuma certeza de que os Estados Unidos não vinculariam de forma alguma sua guerra declarada contra os cartéis de drogas à situação no Haiti".
A Rússia também alertou contra tentativas de interpretar de forma ampla uma resolução recente do Conselho de Segurança da ONU para mais que dobrar o tamanho de uma missão de segurança internacional com 15 meses de existência, subfinanciada e com falta de pessoal, para combater gangues armadas no Haiti.
Rússia, China e Paquistão se abstiveram na votação da medida proposta pelos Estados Unidos e Panamá. Os 13 membros restantes do conselho votaram a favor.
"O lado russo confirmou seu total apoio e solidariedade à liderança e ao povo da Venezuela no contexto atual", disse o ministério russo.
(Reuters)