Um incêndio varreu a sala de máquinas de um petroleiro da estatal venezuelana PDVSA, na segunda-feira, quando estava ancorado na baía de Amuay, perto da maior refinaria do país, disseram à Reuters na terça-feira três fontes familiarizadas com o assunto.
A extensão do dano ao petroleiro Aframax com bandeira do Panamá não foi imediatamente esclarecida. Mas destacou o mau estado de grande parte da frota pertencente à PDV Marina, subsidiária de transporte da PDVSA, em um momento em que as sanções dos EUA estão complicando sua capacidade de arrendar navios de terceiros.
Mesmo antes deste incêndio, o Proteo estava inoperante, disse uma das fontes.
"A embarcação está inoperante. Há uma tripulação a bordo para tentar recuperá-la e colocá-la em um estado funcional", disse uma das fontes sob condição de anonimato.
As fontes disseram que não houve relatos de feridos até agora.
A empresa recebeu de volta o Proteo e mais uma dúzia de navios-tanques da Bernhard Schulte Shipmanagement (BSM) no início deste ano devido a uma reivindicação da empresa marítima alemã sobre as taxas operacionais não pagas. Desde então, tem lutado para contratar pessoal suficiente para operar as próprias embarcações, segundo fontes marítimas.
As sanções americanas impostas em janeiro à PDVSA como parte dos esforços do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, para pressionar o presidente socialista Nicolas Maduro a deixar o cargo também motivaram a decisão da BSM de devolver os navios da PDVSA.
Uma equipe do Instituto Nacional de Espaços Aquáticos da Venezuela (INEA) planejou investigar o incidente, acrescentou a fonte. Nem o INEA nem a PDVSA responderam imediatamente às solicitações de comentários.
A PDVSA tem usado amplamente essas embarcações para viagens entre portos venezuelanos e armazenamento flutuante. Com as sanções que bloqueiam as importações de petróleo venezuelano pelas refinarias norte-americanas, anteriormente os maiores clientes da PDVSA, a quantidade de petróleo armazenado no mar devido à falta de compradores aumentou dramaticamente.
Reportagem de Marianna Parraga