Uma operação para começar a remover cerca de 1,1 milhão de barris de petróleo de um navio-tanque em ruínas atracado na costa do Iêmen pode começar até o final da semana, disseram as Nações Unidas na terça-feira.
Funcionários da ONU vêm alertando há anos que o Mar Vermelho e a costa do Iêmen estão em risco, já que o navio-tanque Safer pode derramar quatro vezes mais óleo do que o desastre do Exxon Valdez em 1989, no Alasca.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que uma embarcação para a qual o petróleo será transferido está a menos de 2 milhas (3 km) de distância e "fazendo os preparativos finais para atracar próximo ao Safer, com transferência de óleo de navio para navio prevista para o final do semana."
Outra embarcação já está ao lado do Safer para ajudar na transferência do óleo.
A guerra no Iêmen causou a suspensão das operações de manutenção do Safer em 2015. A ONU alertou que a integridade estrutural do navio se deteriorou significativamente e corre o risco de explodir.
A ONU disse que a limpeza de um derramamento pode custar US$ 20 bilhões.
No entanto, tem lutado para levantar os US$ 129 milhões necessários para remover o petróleo do Safer, que incluiu o pagamento de US$ 55 milhões para comprar o navio substituto. A ONU até iniciou uma campanha de crowdfunding.
A operação de salvamento não pode ser paga com a venda do petróleo porque não está claro quem é o dono, disse a ONU.
O Iêmen está atolado em conflito desde que o grupo Houthi, alinhado ao Irã, derrubou o governo da capital Sanaa no final de 2014. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio em 2015 com o objetivo de restaurar o governo.
As iniciativas de paz ganharam impulso desde que Riad e Teerã concordaram em março em restaurar os laços diplomáticos rompidos em 2016.
(Reuters - Reportagem de Michelle Nichols)