Uma aliança militar entre Itália e França ainda está sendo examinada, mas exigirá tempo devido à sua complexidade, disse o presidente-executivo da italiana Fincantieri nesta terça-feira.
A Itália e a França pretendiam traçar um acordo até junho, depois que a Fincantieri assumiu o controle dos estaleiros da França em fevereiro.
O acordo estabeleceu as bases para uma possível aliança mais ampla entre os dois países, fundindo os estaleiros militares do Grupo Naval da França com os da Fincantieri, com o objetivo de combater a concorrência, particularmente da China e dos Estados Unidos.
"Estamos indo em frente, examinando a situação ... a esperança de todos é criar o que eu chamo de 'Airbus dos mares'", disse a repórteres o presidente-executivo da Fincantieri, Giuseppe Bono.
Bono disse que sem consolidação, os jogadores europeus seriam pequenos demais para competir com "gigantes" internacionais.
"Os horários dependem de muitos fatores, até mesmo industriais. Ninguém deve perder ... e queremos uma agregação que crie valor para acionistas, trabalhadores e para o país", afirmou.
Separadamente, Fincantieri anunciou um acordo de cooperação no setor naval com a empresa de defesa italiana controlada pelo governo, Leonardo.
Perguntado se esse acordo poderia levar a uma união mais ampla, Bono disse: "Eu não penso assim".
Espera-se que Leonardo, que fornece sistemas de combate e outros equipamentos para navios de guerra, faça parte da aliança naval militar mais ampla com a França, embora seu papel no acordo tenha sido repetidamente questionado.
(Reportagem de Giulia Segreti; edição de Jason Neely)