O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) informou na terça-feira que um fio solto causou uma falha de energia no navio cargueiro Dali, que colidiu com a ponte Francis Scott Key, em Baltimore, em março de 2024, matando seis pessoas e destruindo a ponte.
O NTSB está realizando uma audiência em Washington para determinar a provável causa do incidente que matou seis operários da construção civil na ponte.
A equipe da diretoria afirmou que está recomendando que os operadores realizem inspeções periódicas nos quadros de distribuição de alta tensão e propondo mudanças que permitam que os navios se recuperem mais rapidamente da perda de energia.
O NTSB já havia declarado anteriormente que o Dali perdeu energia elétrica diversas vezes antes da colisão com a Key Bridge, incluindo um apagão durante a manutenção no porto e pouco antes do acidente.
Quedas de energia acontecem no mar e o NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes) tem considerado novas recomendações para evitar colisões catastróficas.
AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE PONTES
Em março, o conselho solicitou avaliações de segurança urgentes para 68 pontes em 19 estados, incluindo travessias como a Ponte Golden Gate, a Ponte da Baía de Chesapeake, a Ponte do Brooklyn e a Ponte George Washington.
A análise centra-se em pontes construídas antes de 1991 e frequentemente utilizadas por embarcações oceânicas que não foram submetidas a avaliações de vulnerabilidade.
O acidente de um navio-escola da Marinha mexicana na Ponte do Brooklyn, em maio, também aumentou as preocupações sobre os riscos que embarcações representam para as pontes.
O NTSB afirmou no ano passado que o Dali perdeu energia cerca de quatro minutos antes da colisão, quando os disjuntores elétricos dispararam inesperadamente, causando a perda de energia em toda a iluminação de bordo e na maioria dos equipamentos, quando estava a 1 km (0,6 milhas) da ponte.
Inicialmente, estimou-se que a construção de uma nova ponte custaria entre US$ 1,7 bilhão e US$ 1,9 bilhão e seria concluída até o final de 2028. Na segunda-feira, autoridades estaduais afirmaram que agora preveem um custo entre US$ 4,3 bilhões e US$ 5,2 bilhões, com previsão de abertura ao tráfego apenas no final de 2030. Elas citaram um novo sistema de proteção dos pilares e um novo projeto, mais longo e mais alto, como justificativas para o aumento dos custos.
O FBI está conduzindo uma investigação criminal sobre o desabamento.
(Reuters)