O proprietário e operador do navio de carga que atingiu a ponte Francis Scott Key, em Baltimore, em março, matando seis pessoas, concordou em pagar US$ 102 milhões ao governo federal, informou o Departamento de Justiça dos EUA na quinta-feira.
Em setembro, o departamento entrou com uma ação civil buscando US$ 103 milhões de duas empresas de Cingapura, Grace Ocean Private Limited e Synergy Marine Private Limited. A ação tinha como objetivo recuperar o dinheiro que o governo dos EUA gastou respondendo ao desastre e limpando os destroços do navio Dali e da ponte do Porto de Baltimore para que a hidrovia pudesse reabrir em junho.
O procurador-geral adjunto Benjamin Mizer disse que o acordo "garante que os custos dos esforços de limpeza do governo federal no Canal de Fort McHenry sejam suportados pela Grace Ocean e pela Synergy e não pelo contribuinte americano".
O National Transportation Safety Board disse em maio que o Dali ficou sem energia elétrica várias vezes antes de bater na ponte no Rio Patapsco no início de 26 de março. O FBI abriu uma investigação criminal sobre o desastre em abril.
O processo do Departamento de Justiça foi movido como parte de uma ação legal iniciada pela Grace Ocean e pela Synergy para limitar sua responsabilidade pelo acidente a US$ 44 milhões, uma quantia que autoridades do departamento chamaram de "lamentavelmente inadequada".
O navio bateu em um pilar de sustentação, fazendo com que a ponte caísse no rio.
A reabertura exigiu a remoção de 50.000 toneladas de entulho. Mais de 1.500 socorristas individuais, junto com 500 especialistas de todo o mundo, operaram uma frota de barcos durante a operação, que envolveu 56 agências federais, estaduais e locais.
O estado de Maryland, que estima que custará de US$ 1,7 bilhão a US$ 1,9 bilhão para reconstruir a ponte e prevê a conclusão até o outono de 2028, entrou com ações separadamente contra as empresas pelo custo da ponte, esforços de limpeza, reivindicações ambientais e outros custos.
Os fundos recuperados por Maryland para a reconstrução da ponte serão usados para reduzir os custos do projeto pagos pelo governo dos EUA, disse o DOJ.
(Reuters - Reportagem de Jasper Ward e Eric Beech; edição de David Ljunggren e Rod Nickel)